“Trombose na perna: sintomas, causas e tratamentos, Saiba tudo sobre essa condição médica grave, incluindo como se prevenir e tratar.”
A trombose na perna é uma condição grave que ocorre quando um coágulo de sangue se forma em uma veia profunda da perna, bloqueando o fluxo sanguíneo e podendo causar complicações como embolia pulmonar, úlceras venosas ou síndrome pós-trombótica. Os sintomas mais comuns são dor, inchaço, vermelhidão e calor na perna afetada. As causas mais frequentes são imobilidade prolongada, cirurgias, traumas, câncer, gravidez, uso de anticoncepcionais ou terapia hormonal. O tratamento depende da localização e do tamanho do coágulo, mas geralmente envolve o uso de medicamentos anticoagulantes, meias de compressão, exercícios e elevação da perna. Em casos mais graves, pode ser necessária a remoção cirúrgica ou a dissolução do coágulo. Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é a trombose na perna, quais são os seus sintomas, causas e tratamentos, e como prevenir essa condição que pode colocar a vida em risco. Continue lendo para saber mais.
Sintomas de trombose na perna
Os sintomas mais comuns da trombose na perna incluem:
Dor ou sensibilidade na perna: Uma dor aguda ou sensação de peso na perna afetada é frequentemente o primeiro sintoma. A dor geralmente começa na panturrilha ou coxa, podendo se irradiar para o pé e tornozelo. Ela tende a piorar quando a pessoa fica em pé ou anda por períodos prolongados. A dor pode ser constante ou intermitente, variando em intensidade de leve a moderada. Muitas pessoas descrevem como uma dor latejante, apertada ou queimação na perna.
Inchaço na perna ou pé: O inchaço (edema) ocorre devido à obstrução do fluxo sanguíneo e acúmulo de sangue na perna por causa do coágulo. Geralmente começa no tornozelo ou pé e pode se espalhar pela panturrilha e parte inferior da perna. O inchaço pode ser leve ou bastante evidente, deixando a perna visivelmente inchada e tensa. Pode dar uma sensação de perna pesada.
Pele avermelhada ou quente na área afetada: A pele sobre a área da trombose pode ficar avermelhada e quente ao toque devido à inflamação e ao sangue acumulado. Às vezes apresenta uma coloração arroxeada. A temperatura aumentada na pele pode ser captada com exames de imagem.
Veias superficiais dilatadas: Com a obstrução da veia profunda, as veias superficiais se dilatam para compensar, ficando mais evidentes e proeminentes sob a pele. Isso ocorre à medida que o sangue busca rotas alternativas de fluxo ao redor do coágulo.
Se você apresentar esses sinais e sintomas, é muito importante procurar ajuda médica imediatamente para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes. Quanto mais cedo for tratada, menores as complicações.
Causas e fatores de risco
Alguns fatores e condições médicas podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver trombose venosa profunda nas pernas:
Imobilização por lesão, cirurgia ou viagem prolongada: Ficar imóvel por longos períodos diminui o fluxo sanguíneo nas pernas, facilitando a formação de coágulos. Viagens aéreas com mais de 4 horas ou imobilidade devido a lesões ou cirurgias estão relacionadas a um risco alto.
Histórico de trombose: Pessoas que já tiveram um episódio prévio de trombose venosa profunda possuem de 25% a 50% de chances de repetir o quadro. Isso ocorre devido a fatores hereditários ou adquiridos que favorecem a coagulação.
Obesidade: Ter sobrepeso ou obesidade aumenta o risco de trombose em 2 a 3 vezes. Isso ocorre porque a pressão exercida pelo excesso de gordura prejudica o retorno venoso nos membros inferiores.
Contraceptivos orais e terapia hormonal: O uso de anticoncepcionais orais combinados e de reposição hormonal contendo estrógeno eleva o risco em 2 a 4 vezes. O estrógeno aumenta os fatores de coagulação no sangue.
Gravidez e puerpério: Grávidas têm risco de 4 a 5 vezes maior de trombose, por conta das alterações fisiológicas pró-coagulantes. O risco é máximo nas primeiras 6 semanas após o parto.
Idade avançada: Pessoas acima dos 60 anos possuem risco aumentado, pois o envelhecimento leva a um enrijecimento dos vasos e diminuição do retorno venoso.
Câncer: Alguns tipos de câncer aumentam a atividade pró-coagulante do sangue, elevando o risco. Câncer de pâncreas, estômago, pulmão, rim e hematológicos estão mais associados.
Doenças que afetam a coagulação: Condições como anemia falciforme, deficiências de antitrombina, proteína C e proteína S elevam o potencial de coagulação anormal de forma hereditária ou adquirida.
Diagnóstico de trombose
O médico pode suspeitar de trombose venosa profunda com base nos sintomas e exame físico, mas exames de imagem são necessários para confirmar o diagnóstico:
Ultrassonografia com Doppler: É o exame inicial de escolha, não invasivo e sem radiação. Permite visualizar coágulos nas veias profundas e avaliar o fluxo sanguíneo obstruído ou anormal.
Flebografia: Exame radiológico que injeta contraste iodado nas veias para detectar obstruções ao fluxo sanguíneo. É preciso, porém mais invasivo.
Ressonância magnética: Fornece imagens detalhadas em cortes das veias para identificar a localização e extensão dos trombos. Útil para avaliar casos complexos.
Angiografia por TC: A tomografia computadorizada com contraste também pode detectar trombos, além de outras doenças nas pernas. O diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento rápido e prevenir complicações como embolia pulmonar.
Tratamento para trombose venosa profunda
O tratamento da TVP tem como objetivos desobstruir as veias, prevenir aumento do trombo, aliviar os sintomas e evitar novos episódios. As principais modalidades são:
Anticoagulantes orais: Medicamentos que inibem a coagulação do sangue, impedindo o crescimento e deslocamento do trombo. Exemplos: warfarina, apixabana, rivaroxabana e edoxabana.
Heparina: Anticoagulante injetável que atua rapidamente, podendo ser usada no tratamento inicial junto com os orais.
Trombolíticos: Medicamentos injetados na veia que dissolvem os coágulos, restaurando o fluxo sanguíneo. Indicados para casos extensos e com risco de complicações.
Meias de compressão: Meias especiais que comprime as pernas, melhorando o retorno venoso, aliviando dor e edema.
Exercícios e elevação das pernas: Alongamentos, caminhadas e manter as pernas elevadas ajudam na circulação e prevenção de novos quadros.
Filtro de veia cava: Dispositivo inserido cirurgicamente para prevenir que trombos migrem para os pulmões, em casos graves.
Cirurgia:Remoção dos grandes trombos através de técnicas como trombectomia e colocação de stent venoso.O tratamento dura tipicamente de 3 a 6 meses. A prevenção de novos episódios é importante nesses pacientes.
Prevenção de trombose venosa profunda
Algumas medidas preventivas ajudam a reduzir o risco de trombose nas pernas, especialmente em grupos de alto risco:
- Movimentar-se regularmente e fazer pausas em viagens longas
- Praticar exercícios de contração muscular das pernas rotineiramente
- Evitar ficar sentado com as pernas cruzadas por períodos muito longos
- Manter-se bem hidratado para melhorar a circulação sanguínea
- Controlar o peso e adotar uma alimentação balanceada e saudável
- Parar de fumar, pois o tabagismo danifica os vasos sanguíneos
- Usar meias elásticas de compressão em situações de maior risco
- Na presença de outros fatores de risco, optar por contraceptivos não-hormonais
Estar atento aos sintomas, obter diagnóstico precoce e seguir corretamente as recomendações médicas é fundamental para resultados positivos no tratamento e prevenção da trombose venosa profunda.
Conclusão
A trombose venosa profunda é uma condição grave que afeta milhões de pessoas no mundo todo, podendo causar complicações fatais como a embolia pulmonar. Por isso, é essencial que as pessoas estejam atentas aos sintomas que podem indicar a presença de um coágulo de sangue na perna, como dor, inchaço, vermelhidão e calor.
Esses sinais devem ser motivo de procura imediata por um médico, que poderá confirmar o diagnóstico por meio de exames de imagem como a ultrassonografia ou a angiotomografia. O tratamento precoce é fundamental para evitar que o coágulo se solte e se desloque para os pulmões ou para outras partes do corpo, causando danos irreversíveis.
O tratamento geralmente consiste no uso de medicamentos anticoagulantes, que impedem a formação de novos coágulos e facilitam a dissolução dos existentes. Outras medidas que podem ser adotadas são o uso de meias de compressão, que melhoram o retorno venoso, a elevação da perna afetada, que reduz o edema, e a realização de exercícios físicos, que estimulam a circulação sanguínea.
Além disso, é muito importante que as pessoas adotem hábitos de vida saudáveis que previnam a trombose nas pernas, especialmente aquelas que apresentam fatores de risco como idade avançada, obesidade, tabagismo, câncer, gravidez, uso de anticoncepcionais ou terapia hormonal, entre outros. Algumas medidas preventivas são: evitar ficar muito tempo sentado ou deitado, beber bastante água, manter o peso ideal, não fumar, controlar o colesterol e a pressão arterial, e consultar regularmente o médico. Com essas ações, é possível reduzir significativamente a chance de desenvolver trombose nas pernas e garantir uma melhor qualidade de vida.
Depoimentos
“Comecei a sentir uma dor muito forte na panturrilha depois de uma viagem longa de avião. Fui ao pronto-socorro e, após alguns exames, confirmou-se trombose venosa profunda. Graças ao diagnóstico precoce, o tratamento com anticoagulantes foi muito eficaz e consegui evitar complicações mais sérias. Hoje sigo as orientações médicas para prevenir novos quadros.” – Maria, 32 anos
“Se eu soubesse antes os sintomas da trombose venosa profunda, teria procurado ajuda médica já nas primeiras dores na perna. Infelizmente demorei para ir ao médico e acabei tendo problemas mais graves, inclusive uma embolia pulmonar. Para quem sente sintomas suspeitos como inchaço e dor nas pernas, meu conselho é: não espere, procure atendimento o quanto antes!” – João, 47 anos
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